Ressaca




Tu és ressaca. Eu te beijo, isso amanhã vai me dá uma dor de cabeça desgraçada. Eu me entrego, isso vai dá tremores nas mãos no dia seguinte. Ficar com você nunca será qualquer coisa pra mim, passo um dia de sorrisos contigo, coisas faladas no ouvido, no outro não te vejo, vomito o chão do banheiro.

Você some como quem morreu, e eu preciso de glicose na veia. Você é a cachaça maldita  que juro que vou beber só um copo, mas com você eu sempre seco a garrafa, minha perca de equilíbrio na volta pra casa. Você ainda me destrói, eu preciso largar esse vício desvairado, estou altamente preocupada com a cirrose que você possa passar a ser dentro de mim.

 Eu não procuro mais você, mas tem bares em cada esquina, não há como não te beber. E eu encho cara, sabendo do dia seguinte, e eu não me preocupo, e eu te tenho, e vou ficando bêbada de você, dos teu carinhos, prazeres e coisas afins. Não me controlo, sempre quero mais um copo, mas o dia quer raiar e pra casa eu volto, tenho que te deixar. Não durmo tão fácil porque ainda quero você, rolo na cama como tem de ser.

Amanhã o meu drama da sede de você, passo dias sóbria, mas não pelo meu querer. Essa abstinência ainda me mata. Homem, saudades de você.

Elen Abreu

3 comentários:

Pinecone Stew disse...

Have a SUPER weekend!

Marilu disse...

Querida amiga, poema intenso cheio de erotismo. Adorei. Tenha um lindo final de semana. Beijocas

R disse...

Poema inebriante que é uma fonte de prazer. Dá gosto aqui vir beber.

Beijos Querida!

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