Escrever



Sabia que não tinha remédio para aquilo, sabia um alívio meio que passageiro, se esbaldava na fuga, as vezes parecia até dá jeito, só o papel e os rabiscos das letras enxergavam seus defeitos, sua dor no peito, e uma solidão. Conselheiro? Eu não sei, talvez um espécie de oração, quem sabe uma obrigação, conseguia o sossego com a ajuda das mãos, pensamentos distantes mostravam a direção. Escrevia para esquecer, mas também para de alguma forma lembrar, só queria se sarar, sabia sua missão, era escrever, escrever sem parar.

Elen Abreu

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